Mangueira de incêndio é um equipamento de combate a incêndio constituído, essencialmente, por um duto flexível dotado de uniões que conduz a água alimentada pela rede de hidrantes no combate às chamas. A escolha pela mangueira de incêndio deve seguir diversos critérios tais como as características de determinada edificação, nível de abrasão, classe de pressão, raio de ação e vazão necessária.
As mangueiras de incêndio fornecidas pela Rava Campos Engenharia estão disponíveis nos diâmetros de 1.1/2” e 2.1/2”, com comprimentos de 15, 20, 25 e 30 metros. Todas as mangueiras de incêndio que compõem o portfólio estão em conformidade com as normas vigentes.
Tipos de mangueiras As mangueiras de incêndio também possuem classificação que varia do tipo 1 ao 5. As mangueiras de incêndio Tipo 1 são destinadas exclusivamente para uso em edifícios residenciais (também empregado o termo predial). O Tipo 2 destina-se a edifícios comerciais, instalações industriais e corpos de bombeiros. O Tipo 3 destina-se a instalações industriais e corpos de bombeiros, resistente a abrasão (revestida com dupla capa). O Tipo 4 destina-se a instalações industriais, resistente a abrasão (revestida com blend de PVC + borracha nitrílica). E o Tipo 5 que também destina-se a instalações industriais, porém com alta resistência a abrasão (revestida externamente em borracha nitrílica).
Também existem mangueiras especiais em diâmetros de 4" ou 6", utilizadas para alimentação de caminhões de bombeiros ou para suprimento de várias mangueiras de incêndio, com o emprego de uma peça chamada derivante.
Inspeção e Manutenção As mangueiras de incêndio devem passar por exame periódico, realizado por empresa capacitada, com a finalidade de determinar a aprovação para uso, encaminhamento para a manutenção ou segregação do uso. Toda a mangueira de incêndio em uso deve passar por inspeção a cada 6 meses e manutenção a cada 12 meses. A NBR 12779:2009 – Mangueira de incêndio – Inspeção, manutenção e cuidados, recomenda maior frequência de inspeção para as mangueiras tipos 2, 3, 4 e 5 que estejam expostas a condições agressivas, tais como ambiente quente, úmido e ou impregnado de produtos químicos e derivados de petróleo. Depois de utilizada em combate, toda mangueira deve ser encaminhada para a manutenção, a fim de se manter as condições mínimas exigidas para uso.
Após inspeção e/ou manutenção a empresa capacitada, assim como a Rava Campos, deve emitir um relatório que comprove ou não a aprovação da mangueira. O relatório deve ter como informações mínimas: identificação, fabricante, diâmetro, comprimento, tipo, inspeção ou manutenção, data de execução, data da próxima inspeção e/ou manutenção, nome e assinatura do responsável pela inspeção e/ou manutenção. No relatório deve constar: “Declaramos que as mangueiras abaixo relacionadas foram inspecionadas e/ou manutenidas conforme ABNT NBR 12779 e que obtiveram aprovação ou condenação de acordo com o resultado apresentado. Este relatório deve ser mantido até a próxima inspeção/manutenção”.
Cuidados de preservação Além do serviço de inspeção e manutenção, a Rava Campos fornece ao cliente/usuário instruções sobre os relatórios emitidos, bem como cuidados de preservação, incluindo limpeza e armazenamento, conforme recomendado na NBR 12779:
a)Evitar contato com cantos vivos e pontiagudos; b)Evitar manobras violentas de derivantes, entrada repentina de bomba e fechamento abrupto de esguichos, registros e hidrantes que causam golpes de aríete na linha (a pressão pode atingir sete vezes a pressão estática de trabalho, o que pode romper ou desempatar uma mangueira); c)Evitar contato com o fogo, brasas e superfícies quentes; d)Evitar arraste da mangueira e uniões sobre o piso, principalmente se ela estiver vazia ou com pressão muito baixa (isto pode causar furos, principalmente no vinco); e)Evitar queda de uniões; f)Evitar contato da mangueira com produtos químicos e derivados de petróleo, salvo tipo apropriado para esta finalidade; g)Evitar guardar a mangueira molhada; h)Evitar curvamento acentuado da mangueira junto à união, quando em operação; i)Não utilizar as mangueiras para algum outro fim que não seja o combate a incêndio (lavagem de garagens, pátios etc.); j)Para maior segurança, não utilizar as mangueiras das caixas ou abrigos em treinamento de brigadas, evitando danos e desgastes. As mangueiras utilizadas em treinamento de brigadas devem ser identificadas e mantidas somente para este fim; k)Evitar a passagem de veículos sobre a mangueira durante o uso, utilizando-se um dispositivo de passagem de nível; l)Inspecionar as caixas e abrigos para verificar se eles são adequados para a conservação da mangueira; m)Após a manutenção, retornar ao hidrante mangueira de mesmo tipo, diâmetro e comprimento conforme projeto; n)A mangueira aprovada para uso deve ser armazenada em local ou compartimento seco e ventilado, protegida da incidência direta de raios solares e atmosferas agressivas, tais como vapores de derivados de petróleo, vapores ácidos etc.; o)Antes de pressurizar a mangueira, verificar se as uniões acoplaram totalmente (cerca de um quarto de volta para uniões tipo engate rápido).
Vale ressaltar que se os equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio como, por exemplo, mangueiras de incêndio, não são verificadas de forma rotineira, é evidente que não se pode assegurar sua imediata disponibilidade e efetividade.